No capítulo Tradição e formação de instrutores de Karate no Brasil, José Vianna
e Hugo Lovisolo promovem uma reflexão histórico-social sobre este processo
formativo, traçando um perfil destes instrutores de Karatê, e considerando a
existência de eventuais conflitos entre as formas tradicionais de formação e o
atendimento das necessidades atuais de desenvolvimento do Karate, decorrentes
das demandas sociais na sociedade contemporânea.
Aborda igualmente, a
conflitualidade existente entre várias expressões corporais e o contexto
legislativo brasileiro após a regulamentação da profissão de Educação Física no
Brasil, e neste caso específico do Karate, geradores de tensões e de batalhas
jurídicas, que culminou com várias decisões que tem gerado distintos
ajustamentos para o funcionamento das distintas expressões corporais de luta em
geral, e do Karate em particular.
Em decorrência de várias fatores
inerentes à formação dos instrutores de Karate e das demandas sociais que sobre
esta recaem na sociedade contemporânea, conjugadas com as conflitualidades
entre o tradicional e o moderno e os conflitos institucionais e jurídicos, os
autores entendem e justificam a necessidade de investimentos em pesquisas sobre
esta modalidade nos seus mais diversos âmbitos, para deste modo, tornar os
instrutores e prática corporal multifacetada mais eficientes nos dias que correm.
Paulo Coelho
Universidade de Coimbra
Fonte: VIANNA, J. A (Org.) KARATE:
Bases para o treinamento. – 1. ed. – Porto Alegre: Revolução eBook, 2016.